sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Bruno Pires ruma à Suiça em 2016

O ciclista Bruno Pires, natural da Povoa do Varzim, que este ano correu pela Tinkoff-saxo, irá integrar um novo projecto em 2016. O ciclista assinou por duas épocas pela equipa Suiça Roth-Skoda por dois anos. Trata-se uma equipa que ao que tudo indica será Pro-continental na próxima época, faltando ainda a confirmação da licença por parte da UCI. 

Bruno Pires referiu: "Vejo um projecto organizado e com boa estrutura, um grupo jovem mas dinâmico.Sou o corredor mais velho da equipa e á partida com mais experiência, e é essa experiência que a equipa pede na ajuda a fazer crescer este projecto.
Penso que os 12 anos de ciclista profissional e 5 nas melhores equipas do Mundo podem ser uma mais valia para todos, e acho que chegou o momento de ter esse papel, esperando que o consiga fazer".

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Delio Fernández: «Estou muito agradecido aos portugueses»

Os cinco anos em que correu em Portugal – primeiro no Boavista depois na OFM e W52 – ficarão para sempre no coração de Delio Fernández. O galego não esqueceu o nosso país na hora de deixar o pelotão nacional para correr em França, em 2016. "Estou muito agradecido aos portugueses, pois deram-me a oportunidade de continuar a minha carreira quando terminou a equipa da Xacobeo", disse.

Delio Fernández, 29 anos, vai correr na Delko Marseille-Provence KTM, equipa da 2.ª Divisão da UCI, que poderá ser convidada para algumas provas do World Tour. "Em Portugal, o calendário é muito limitado e quase só nos concentrávamos na Volta", reconheceu o galego, 4.º na Volta a Portugal deste ano, tendo chegado ao pódio (3.º) na edição anterior.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Jóni Brandão mantêm-se na Efapel em 2016

O segundo classificado da edição 2015 da volta a Portugal, Jóni Brandão, irá continuar a representar a equipa Efapel na próxima temporada. 

A formação de Ovar, liderada por Américo Silva, garante assim a sua maior figura, que certamente irá ser o líder da equipa no objectivo de vencer a Volta a Portugal. Depois do excelente resultado na última temporada, e depois de muito se ter falado na sua ida para o pelotão internacional, acaba assim a especulação criada à volta da continuidade ou não de Jóni Brandão no pelotão português.   
O alto da Fóia, em Monchique, será palco do final da segunda etapa da Volta ao Algarve de 2016, no dia 18 de fevereiro. Desde 2002 que não havia um final de tirada no ponto mais alto do Algarve, a 900 metros de altitude. 

A 42.ª Volta ao Algarve, que vai realizar-se entre 17 e 21 de fevereiro, terá a primeira medição de forças entre os candidatos ao triunfo final na segunda jornada. A tirada vai partir de Lagoa e terminar na Fóia. O traçado ainda não está totalmente delineado, mas será uma viagem com perto de 200 quilómetros e com uma segunda metade marcada pelo sobe e desce, podendo afirmar-se que será a etapa rainha. 

Os derradeiros 7,5 quilómetros serão sempre a subir, desde o centro de Monchique, até ao alto da Fóia. A escalada tem uma inclinação média de 6 por cento. Da última vez que a Volta ao Algarve teve um final de etapa na Fóia, em 2002, o vencedor da tirada foi o suíço Alex Zulle, então ao serviço da Team Coast. A geral dessa edição da Volta ao Algarve foi conquistada pelo português Cândido Barbosa. 

Nos últimos dois anos a etapa de Monchique já se revelou importante na definição do vencedor final, apesar de o final não ser na montanha, mas no centro da vila. O galês Geraint Thomas (Sky) ganhou a etapa de Monchique e a geral da Volta ao Algarve em 2015. 

A edição de 2016 da Volta ao Algarve terá duas chegadas em alto. Além da Fóia, há que registar a última etapa da competição, com a meta instalada no Alto de Malhão, subida com 2,5 quilómetros de extensão e uma inclinação média de 9,4 por cento. 

O percurso da Volta ao Algarve vai completar-se com um contrarrelógio individual e com duas etapas com previsível chegada ao sprint. Espera-se uma edição mais exigente, mas com tiradas para todo o tipo de corredores. 

O desenho da corrida vai privilegiar o espectáculo, desejando-se emoção até ao último metro. Desta forma, a organização, a cargo da Federação Portuguesa de Ciclismo, espera cativar os adeptos da modalidade, portugueses e estrangeiros, para passarem uma semana de férias no Algarve, seguindo de perto as estrelas do ciclismo e o desenrolar da corrida. 

Aqueles que pretendam também dar as suas pedaladas, poderão participar no Algarve Granfondo, marcado para o dia 21 de fevereiro. Esta prova, aberta a federados e a não federados, terá partida e chegada em Loulé e consagração dos vencedores no alto do Malhão, no mesmo pódio ao qual subirão os laureados da Volta ao Algarve 2016.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Percurso do Tour 2016 apresentado oficialmente

A organização do Tour apresentou, em Paris, a 103ª edição da prova francesa, realçando-se desde logo, a preocupação em tornar a prova equilibrada, mas acessível apenas a grandes ciclistas : batalhadores e trepadores.

Em comparação com a edição do ano transato haverão mais kms em C/RI, 54 este ano, contra os 14 do ano transato, mas há que ter em atenção que o organizador equilibrou de forma sábia as possibilidades para todos os ciclistas ao promover um C/R plano de 37 kms e uma cronoescalada de 17 kms ( 18ª etapa -Sallanches – Megéve ) , que constituiu a grande novidade e o segredo escondido e só hoje revelado. De fora ficou o C/R por equipas, que poderemos considerar algo antidesportivo, numa prova de caráter individual como são as provas por etapas.

Outra conclusão que se pode tirar é que a prova é mais longa ( 3519 kms), com a primeira semana a registar perto de mil kms em cinco dias.

Num rápido resumo a prova contará com nove etapas planas, uma com altos e baixos, nove de montanha, com quatro chegadas em alto em Andorra -Arcalís (Pirinéus, 9ª), Mont Ventoux (Alpes Provença, 12ª), Finhaut-Emosson (Alpes suíços, 17ª), e Saint Gervais-Mont Blanc (Alpes, 19ª). O resto das etapas de montanha realizam-se nos Pirinéus ( Lac de Payolle e Luchon) a tirada de Lioran e a tirada que terminará em Morzine, com o famoso Joux-Plane a jogar um papel importante no penúltimo dia, pois para além dos corredores a terem de escalar, também serão obrigados a descê-lo, numa etapa deveras complicada.
Apesar do Tour celebrar mais de um século de existência, a preocupação pela inovação é uma constante de qualquer organizador. Na edição deste ano, há a sublinhar cinco novas montanhas, com destaque para a etapa suíça com final em Finhaut – Emosson, e o regresso das bonificações em todas as etapas em linha de 10 -6 e 4 segundos para os três primeiros.

Uma prova bem a jeito dos principais ciclistas mundiais, com destaque para Froome, Contador, Quintana, dando ainda uma possibilidade de expressão à nova geração francesa, com Thibaut à cabeça. Embora muitos sejam os possíveis candidatos no futuro, estes serão os nomes mais sonantes, sem esquecer o italiano Fabio Aru, vencedor da Vuelta e já destacado pela sua equipa para o Tour, mas que muita gente considera prematuro considerá-lo como um favorito da linha da frente ao triunfo final.

Em breve publicaremos todos os perfis das etapas de forma detalhada. 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Carlos Jiménez e Victor Etxeberria reforçam Rádio Popular - Boavista

A formação liderada por José Santos, já prepara a época 2016, e anunciou a contratação de dois jovens espanhóis, que correram este ano pela Caja Rural - Seguros RGA, e que tornam-se deste modo profissionais graças à Rádio Popular Boavista.

Carlos Jiménez, com 23 anos,destacou-se na prova de elite do campeonato de Espanha e ganhou uma etapa na volta a Léon. Por sua vez, Victor Etxeberria (22 anos) venceu uma etapa e a classificação geral da volta a Palência. Este jovem ciclista espanhol, conta no seu curriculum com um campeonato de Espanha júnior.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Alejandro Marque reforla LA Antarte

O espanhol Alejandro Marque, vencedor da Volta a Portugal de 2013, vai correr na LA-Antarte na próxima temporada, confirmou à agência Lusa o diretor desportivo da equipa de Paredes, Mário Rocha. 

Marque, terceiro classificado da última edição da Volta a Portugal, tinha já anunciado que não permaneceria na Efapel, equipa pela qual alinhou em 2015, no seu regresso ao pelotão nacional, depois de um ano de paragem. 

Após vencer a maior prova do calendário nacional e de assinar contrato com a espanhola Movistar, aquele que é um dos mais acarinhados corredores do panorama do ciclismo luso viveu um ano em suspenso, tendo falhado a luta pela revalidação do título, por culpa de uma decisão tardia da Federação Espanhola de Ciclismo.

A federação espanhola precisou de nove longos meses para o ilibar de um controlo antidoping positivo por betametasona, que tomou com autorização médica para tratar um joelho lesionado.

Contrarrelogista de excelência - foi quinto nos campeonatos nacionais do seu país em 2015 -, o ciclista galego, de 34 anos, cumpriu toda a sua carreira em solo nacional, iniciando-se no Boavista (2004) e passando pela quase totalidade das formações portuguesas, com exceção da LA-Antarte.

O acordo entre Marque e o conjunto de Paredes é, de acordo com Mário Rocha, por uma temporada.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Volta ao Algarve termina no Malhão em dia de Granfondo

A 42.ª edição da Volta ao Algarve, que vai realizar-se entre 17 e 21 de fevereiro de 2016, vai terminar na mítica subida para o alto do Malhão, Loulé. A derradeira etapa da competição profissional vai coincidir com a realização do Algarve Granfondo, evento de massas que proporcionará um ambiente ainda mais entusiástico à luta pela vitória na Volta ao Algarve. 

O percurso da competição de elite, que ainda está a ser ultimado, terá caraterísticas semelhantes ao dos anos anteriores, com etapas para contrarrelogistas, velocistas e trepadores. A maior novidade será a chegada ao Malhão – subida de 2,5 quilómetros com inclinação média de 9,4 por cento e pendente máxima de 24,7 – realizar-se no último dia, para que haja emoção na disputa da camisola amarela até ao derradeiro metro. 

O alto do Malhão, que tem recebido uma autêntica romaria de adeptos nos últimos anos, vai encher-se ainda de mais cor e entusiasmo em 2016, pois integra o itinerário do Algarve Granfondo, a prova de massas associada à Volta ao Algarve, que terá partida e chegada no centro de Loulé e cerimónia do pódio no Malhão. 

“O Algarve Granfondo acompanha uma tendência internacional de juntar realizações de massas com importantes eventos de competição. Vai ser uma grande festa. É como se os participantes no Algarve Granfondo também integrassem a Volta ao Algarve. Aliás, a cerimónia de pódio do Granfondo e do Mediofondo vai realizar-se no pódio da corrida internacional, no entusiasmante cenário do Alto do Malhão, local de encerramento da Volta ao Algarve do próximo ano. Os vencedores terão camisolas iguais àquelas que serão atribuídas aos grandes nomes que, esperamos, virão disputar a corrida profissional”, afirma o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira. 

O Algarve Granfondo oferece duas hipóteses de percurso, ambas com partida e chegada em Loulé. O Granfondo terá 135 quilómetros e levará os participantes a subir a Rocha dos Soidos, o alto do Malhão, o alto da serra do Caldeirão, o Barranco do Velho e Clareanes. Os 135 quilómetros totalizarão um acumulado de subida de 2600 metros. 

As dificuldades do Mediofondo, de 83 quilómetros, serão mais comedidas, com um acumulado de 1300 metros. As principais subidas são as de Benafim, Barranco do Velho e Clareanes. 

As inscrições para o Algarve Granfondo abrem às 24h00 desta quinta-feira. Até às 24h00 de domingo, estará em vigor a “Promoção Festival Bike”, que garante um desconto de €5 em cada inscrição, com os federados a pagarem €20 e os não federados a pagarem €25. A partir de segunda-feira, os federados pagarão €25 e os não federados €30.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Mais uma edição do Festival Bike já este fim de semana


O ciclismo português tem encontro marcado para a 12ª edição do Festival Bike, que vai realizar-se no Centro Nacional de Exposições (CNEMA), em Santarém, entre 16 e 18 de Outubro.

A Federação Portuguesa de Ciclismo estará presente, através de um espaço de apresentação e convívio, para o qual convida todos os amantes da velocipédia nacional, e também marcará o certame com os eventos que vai organizar na feira.

Um dos momentos mais altos da presença da Federação Portuguesa de Ciclismo no Festival Bike será o Passeio das Duas Pontes, no dia 18. A partida, às 10h30, e a chegada, às 12h30, serão no CNEMA. O percurso, com 23 quilómetros, leva os participantes até Almeirim, antes de os trazer de regresso a Santarém.

O Passeio das Duas Pontes será a oportunidade de convívio sobre rodas entre ciclistas amadores e profissionais, estando confirmadas as presenças de José Gonçalves e de Rafael Reis. As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias, devendo ser feitas na página da Federação na Internet.

O espaço da Federação Portuguesa de Ciclismo no Festival Bike será decorado com uma cronologia do ciclismo português, relatando os factos mais significativos da modalidade, desde o século XIX até aos nossos dias. Todos são bem vindos a esse espaço, por onde vão passar algumas estrelas da modalidade, para duas sessões de autógrafos. No Sábado, às 16h00, estarão presentes David Rosa, Tiago Ferreira e Vasco Bica. No Domingo, também às quatro da tarde, os autógrafos serão dados por José Gonçalves e por Rafael Reis.

Durante todo o certame estará aberta uma pista de iniciação/escolas de ciclismo para todos, que certamente fará a felicidade dos mais jovens. Ainda para o público juvenil, a Federação Portuguesa de Ciclismo e o Desporto Escolar prepararam, das 14h00 às 16h00 de Sábado, actividades desportivas (contra-relógio e estafetas BTT), no âmbito do Dia Aberto do Desporto Escolar. No Domingo, realiza-se o Encontro Regional de Escolas ‘Troféu da Juventude’, das 14h30 às 17h30.

No sábado, às 9h30, vai soar o tiro de partida para mais uma edição da Maratona BTT do Festival Bike.

Horários de funcionamento do Festival Bike:

* 16 de Outubro: 10h00-17h00 – Aberto a profissionais
* 16 de Outubro: 17h00-20h00 – Abertura ao público
* 17 de Outubro: 10h00-20h00
* 18 de Outubro: 10h00-20h00

Ligações:

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Hernâni Broco continua na LA Antarte

Hernâni Broco vai continuar a representar a LA-Antarte na próxima temporada , não escondeu o desejo de ter um 2016 em cheio para se despedir "em grande" do pelotão. 

"Em 2016 vou continuar na LA-Antarte, a equipa que sempre acreditou em mim", anunciou o corredor de 34 anos, que "facilmente" chegou a acordo com o diretor desportivo Mário Rocha para seguir na formação de Paredes, depois de ter sido nono na última Volta a Portugal.
Profissional desde 2004, Broco, que foi quinto classificado na Volta a Portugal em 2010, 2011 e 2013, confessou que vai encarar a próxima temporada "com grande ambição para terminar em grande a carreira".

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Caja Rural mantêm aposta em ciclistas portuguêses

Depois de José Gonçalves já ter confirmado a continuidade de José Gonçalves, a Caja Rural anunciou a renovação do contrato de Ricardo Vilela, depois das excelentes participações dos dois ciclistas na ultima edição da Vuelta.

A formação espanhola também fez contratações no pelotão português. Domingos Gonçalves (ex-Efapel) será o terceiro português da equipa, juntando-se também Alberto Gallego (ex-Rádio Popular Boavista) e também Diego Rubio (ex-Efapel) vencedor da última edição da taça de Portugal de ciclismo.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Contador não irá defender o título do giro

Alberto Contador esteve esta segunda-feira presente na apresentação da Volta a Itália 2016, porém, deixou claro que na próxima época ficará fora da competição que venceu em 2015.

“A Volta a Itália é sempre especial para mim. É a volta mais bonita do mundo, mas no ano que vem será bom ver a prova pela televisão. De facto, será muito duro vê-la pela televisão. Contudo, se quero ir à Volta a França com garantias de poder fazê-lo bem, creio que é melhor não estar presente no Giro”, afirmou.

A última meta de Ivan Basso...

Ivan Basso anunciou, esta segunda-feira, que irá abandonar o ciclismo. O corredor italiano revelou a decisão durante a cerimónia de apresentação do "Giro" de 2016.

Basso, vencedor da Volta transalpina em 2006 e 2010, viu ser-lhe diagnosticado um cancro nos testículos, durante a participação no Tour de France. Recentemente, os médicos transmitiram ao ciclista a impossibilidade de combater a doença na totalidade e, consequentemente, "chumbaram" o seu regresso à alta competição.

"Todos os atletas sabem que a luz não brilha sempre durante a carreira. Inevitavelmente, esta luz escureceu para mim e um desportista inteligente deve saber quando chega o momento de a desligar", afirmou Basso, de 37 anos.

Considerado um dos melhores "trepadores" da sua geração, Basso tinha sido contratado esta época pela Tinkoff-Saxo. O transalpino vai continuar ligado à equipa, passando a integrar o corpo técnico.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Rui Costa 9º do ranking WT

O português Rui Costa (Lampre-Merida) terminou a época como nono ciclista do ranking do WorldTour, a primeira divisão do ciclismo mundial, com Portugal a fechar o ano como 12ª nação. 

Concluída a Volta a Lombardia, última prova da temporada, o antigo campeão mundial, que no ano passado concluiu a época em quarto lugar, soma 324 pontos, os mesmos do oitavo, o belga Greg Van Avermaet (BMC). 

O espanhol Alejandro Valverde (Movistar) revalidou o título, encerrando o ano com 675 pontos, mais 201 pontos do que o seu compatriota e rival Joaquim Rodriguez (Katusha). 

No ranking por países, Portugal ficou na 12ª posição, com 355 pontos. A Espanha encabeça a lista, com 1945.

sábado, 3 de outubro de 2015

Açores aposta na promoção do ciclismo em 2016

O Secretário Regional do Turismo e Transportes anunciou hoje, em Ponta Delgada, que os Açores vão receber cinco provas de ciclismo em 2016, que integram o Programa Cyclin’Azores.

Vítor Fraga, que falava na apresentação da Azores MTB Marathon 2015, que decorre neste fim-de-semana, salientou que “o ciclismo é uma atividade em crescimento, como é reconhecido pela própria Organização Mundial do Turismo, e torna-se fundamental criar condições quer para o desenvolvimento deste produto turístico, quer para a sua qualificação”.

“Este é um trabalho que terá de ser conjunto entre as várias entidades”, frisou o Secretário Regional, acrescentando que será estabelecido um protocolo com a Associação de Ciclismo dos Açores para o desenvolvimento e implementação do Cyclin'Azores, já em 2016.

O 'Cyclin'Azores' é um programa a desenvolver pela Associação de Ciclismo dos Açores, em conjunto com a Federação Portuguesa de Ciclismo, que contará com a realização de várias provas, nomeadamente uma competição nacional de quatro dias, no Faial e no Pico, em maio; uma competição nacional de quatro dias em S. Miguel, em junho; uma competição nacional de três dias na Terceira, em julho; o Azores MTB World Marathon Series em S. Miguel, em outubro de 2015 e de 2016, e ainda o Azores Granfondo, uma prova de massas, na vertente de estrada, a realizar em sistema de rotação por várias ilhas e que no próximo ano será realizada na ilha do Pico.

“Julgo que está claro que esta é uma aposta, não só para o imediato, mas sim para o futuro, indo ao encontro daquilo que tem sido a estratégia do Governo no que concerne à angariação e ao apoio a eventos”, promovendo “a sua necessária consolidação para, maximizar o retorno de todo o investimento efetuado”, frisou Vítor Fraga.

O Secretário Regional afirmou ainda que o Azores MTB World Marathon Series é um evento que se enquadra claramente na estratégia definida pelo Governo dos Açores para a angariação de iniciativas, que tem dois objetivos claros, que são a captação direta de fluxos turísticos associados ao evento e a promoção da Região.

“Este evento engloba-se na aposta do Governo dos Açores com vista à construção de um destino turístico sustentável e um destino turístico de sucesso”, disse Vítor Fraga.

Para o titular da pasta do Turismo, este “é um evento que tira claramente partido das mais-valias da nossa natureza, para potenciar o desenvolvimento de um produto turístico com claras possibilidades de expansão no arquipélago”.

No próximo ano, a prova fará parte da Taça de Portugal de Maratonas, o que irá potenciar o número de participantes.

O Secretário Regional enalteceu ainda todo o empenho da Associação de Ciclismo dos Açores na organização do MTB World Marathon Series, assim como o reconhecimento que a associação obteve junto da União Ciclista Internacional, que já estabeleceu data para a edição do próximo ano (outubro de 2016).

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Percurso do Giro 2016 foi revelado


Apesar de oficialmente o percurso apenas ser apresentado na próxima semana, já são conhecidas as etapas e perfis das mesmas do Giro 2016. 

Claro que as etapas ainda não foram anunciadas de forma oficial, mas o percurso não deve sofrer qualquer alteração. 

O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), Delmino Pereira, justificou a obrigatoriedade de as equipas de ciclismo portuguesas terem 60% do plantel abaixo dos 28 anos com a necessidade de renovar o pelotão nacional para atrair novos patrocinadores. 

"Queremos que Portugal seja um país em que a tendência seja de um pelotão mais jovem e não o contrário. É esta a filosofia e a lógica das equipas continentais em todo o mundo. Em Espanha e noutros países, essa regra é muito mais acentuada e agressiva e, por isso, fizemos um ajustamento, porque queremos que o nosso pelotão seja tendencialmente mais jovem. Foi um acerto, não é nada extraordinário", explicou à agência Lusa o presidente da FPC.

Delmino Pereira respondia assim à preocupação expressada por vários ciclistas e diretores desportivos nos últimos dias, depois de tomarem conhecimento da normativa, aprovada a 17 de setembro, que estipula que, em 2016, o plantel de cada uma das equipas profissionais portuguesas terá de ter 60% de ciclistas com menos de 28 anos, uma cláusula que agrava a que esteve em vigor esta temporada - metade do plantel teria de ser sub-28. 

"É uma alteração que não é significativa, que é muito ajustada e está aqui a tentar equilibrar todos os interesses. Acho que vem valorizar o ciclismo português aos olhos do mundo. Nós queremos um ciclismo mais dinâmico. Este é um pequeno sinal que se dá para inverter uma espiral recessiva, porque a circunstância atual tem vindo a acentuar as dificuldades. Não é só uma questão conjuntural ou económica, é uma questão de uma filosofia que está desatualizada e não inspira os patrocinadores a investir. Obviamente que, sentindo que é uma modalidade que fomenta a juventude, estou convencido que outras marcas se poderão associar ao ciclismo", defendeu. 

Questionado sobre se a nova regra poderá provocar uma vaga de despedimentos no pelotão nacional, o presidente da FPC afastou esse cenário.

"Fizemos cálculos quanto ao número de pessoas que podiam deixar de correr e não é significativo. É mais significativo a quantidade de corredores que anualmente abandona o ciclismo sem ter tido ao longo da sua vida uma única oportunidade", disse.

Delmino Pereira desdramatizou o impacto da nova norma e voltou a frisar que a mudança de paradigma é o único caminho para o ciclismo luso. 

"Não quero que a regra seja corredores antigos, em final de carreira, no nosso pelotão. A regra é ciclistas novos, com dinâmica, em evolução. E depois, quando possível, colocar corredores, mais maduros, mais experientes, que também têm o seu espaço e são importantes para o desenvolvimento do nosso ciclismo. Mas não deverão ser esses a maioria", acrescentou. 

A maioria de que o responsável máximo do ciclismo nacional fala é expressa nos números da última Volta a Portugal: apenas três sub-28 entraram no top10 - Jóni Brandão (2.º), António Carvalho (6.º) e Amaro Antunes (10.º) -, com Frederico Figueiredo (14.º) a ser o único outro representante dos menores de 28 das formações nacionais no top20. 

"Esse dado não é positivo para o prestígio do ciclismo português no resto do mundo", considerou, elucidando que "se houve necessidade de escrever este regulamento é porque não é bem esse o interesse das equipas". 

O responsável federativo considera que há corredores de qualidade em Portugal para que a nova medida seja implementada com sucesso.

"Mas também acho que o mundo do ciclismo tem muitos ciclistas - não precisam de ser todos portugueses - que são interessantes e que facilmente poderão resolver esse problema. O problema é a falta de oportunidades. Há muitos jovens que poderemos ir buscar", concluiu.