terça-feira, 29 de março de 2016

Vitória de Guerreiro....de Rúbem Gerreiro!

A 55ª edição do GP Palio del Recioto (1.2U) percorreu 143,2 km com partida e chegada a Negrar. No pelotão de 192 corredores, dois jovens talentos lusos viveram um desfecho diferente. Rúben Guerreiro (Axeon-Hagens Berman) triunfou na linha de meta, enquanto o campeão nacional sub-23 Nuno Bico (Klein Constantia) abandonou a prova, devido a gastroenterite.

Cedo um numeroso grupo de 14 corredores tomou a frente de corrida para formar aquela que seria a fuga do dia. Com 11 km percorridos seguiam na frente Rúben Guerreiro e Krists Neilands (Axeon-Hagens Berman), Michal Schlegel (Klein Constantia), Antonio Soto (Aldro Team), Pascal Eenkhoorn (BMC Development Team), Jalel Duranti (GSC Viris), Aleksandr Riabushenko (Palazzago Amaru), Jacopo Billi (ASD General Store), Harm Vanhouckle (Lotto Soudal), Anton Kuzmin (Astana), Simone Guizzetti (Named Sport-Kemo), Andrea Montagnoli (Hoppla Petroli Firenze), Nikolay Cherkasov e Evgenii Koberniak (Russia).

Ao km 73, os 14 aventureiros viram chegar à sua companhia o duo Alessandro Bresciani (Gallina Colosio) e Stefan De Bod (Dimension Data for Qhubeka), mas não por muito tempo. À medida que os quilómetros passaram, a fuga foi perdendo elementos e com 100 km cumpridos resistiam na frente o português Rúben Guerreiro, o checo Michal Schlegel e o sul-africano Stefan De Bod, que perdeu o contacto em seguida, devido a queda.

Lutando pelo êxito da longa fuga em solo italiano, Guerreiro e Schlegel mantiveram a sintonia até à entrada nos derradeiros 3 km. O checo aumentou o ritmo e logo em seguida a rádio volta informou que o português sofria um furo, parecendo tudo perdido para o jovem da equipa Axeon-Hagens Berman. Contudo, numa poderosa recuperação, Rúben Guerreiro não só chegou novamente à companhia de Michal Schlegel como o superou nos metros finais, reivindicando para si a vitória do GP Palio del Recioto.

Semana negra para o ciclismo...

Antoine Demoitié, ciclista de 25 anos da Wanty-Groupe, faleceu na madrugada desta segunda-feira após cair e ser atropelado por uma mota da organização, na clássica Gent-Wevelgem. Este é, até agora, o acidente mais grave, num ano em que os primeiros três meses não têm sido favoráveis ao ciclismo em termos de acidentes.

O ciclista belga ainda foi internado nos cuidados intensivos de Lille, mas Demoitié viria mesmo a falecer das lesões causadas pela queda, a 115 quilómetros da meta, e pelo atropelamento.

Alberto Contador já veio a público, após o acidente de Demoitié, pedir mais segurança para os ciclistas "já", dado o número de acidentes que já aconteceram em 2016.

Numa lista feita pelo jornal As, é fácil perceber porque motivo 2016 não está a ser simpático para os ciclistas...

A 22 de Janeiro, Adriano Malori, da Movistar, sofreu uma queda grave no Tour San Luis, na Argentina, permaneceu algum tempo em coma induzido e ainda recupera de um forte traumatismo cranioencefálico.

Apenas um dia depois, seis ciclistas da Giant-Alpecin foram atropelados quando realizavam a pré-época em Alicante. John Degenkolb, sprinter alemão e um dos corredores acidentados, espera voltar às estradas em Maio.

Em Fevereiro, na Volta ao Algarve, Jonathan Castroviejo caiu devido a um espectador, sofrendo graves lesões e encontrando-se ainda em processo de recuperação. A dia 28 do mesmo mês, o belga Stig Broeckx também foi atropelado por uma mota na prova Kuurne-Bruxelas-Kuurne.

No Grande Prémio de Lugan, Arnold Fiek sofreu uma arrepiante queda de 12 metros. O ciclista alemão da Christina Jewelry acabou por sozinho da água e esperar pela equipa médica. Recupera ainda de uma fractura na pélvis.

O último Paris-Nice também não fugiu a má tendência dos últimos meses. Pierre-Luc Pericho embateu num espectador e fracturou uma clavícula, enquanto Daniil Fominykh fracturou duas vértebras após cair para um desnível considerável.

sábado, 26 de março de 2016

David de la Fuente foi o melhor em março

O espanhol David de la Fuente (Sporting-Tavira) é o corredor mais pontuado no Ranking Ciclista do Ano, depois de disputadas todas as provas de março, substituindo Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) no topo da tabela. 

A combatividade e a regularidade valeram a David de la Fuente a liderança do ranking, após um mês em que correu todas as provas do calendário, ficando sempre entre os melhores. O espanhol foi segundo na Clássica de Amarante, nono na Clássica Primavera, décimo no Grande Prémio Liberty Seguros e terceiro na Volta ao Alentejo. 

David de la Fuente soma 189 pontos, mais 40 do que o compatriota e colega de equipa Jesús Ezquerra, segundo classificado. Num pódio totalmente composto por espanhóis, o terceiro é Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), com 130 pontos. 

É preciso chegar ao quarto posto para encontrar o melhor português, Rafael Silva (Efapel), com 125 pontos. Segue-se o único corredor das equipas nacionais que já sabe o que é ganhar em 2016, Rafael Reis (W52-FC Porto), vencedor da Clássica de Amarante, com 98. Amaro Antunes, que comandava no mês passado, não somou qualquer ponto em março, descendo para o sétimo lugar. 

O Sporting-Tavira também lidera coletivamente, graças aos 338 pontos já colecionados pelos seus ciclistas, deixando a segunda equipa mais pontuada, a W52-FC Porto, a 109 pontos de diferença. Segue-se o Louletano-Hospital de Loulé, a 157 pontos do comando. 

O Ranking Ciclista do Ano é elaborado pela Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais sob a égide da Federação Portuguesa de Ciclismo. 

Ranking Ciclista do Ano:

1.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), 189 pontos 
2.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), 149 
3.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), 130 
4.º Rafael Silva (Efapel), 125 
5.º Rafael Reis (W52-FC Porto), 98 
6.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), 91 
7.º Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte), 80 
8.º Tiago Machado (Katusha), 70 
9.º Nelson Oliveira (Movistar), 50 
10.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), 42 

Equipa do Ano:

1.ª Sporting-Tavira, 338 pontos 
2.ª W52-FC Porto, 229 
3.ª Louletano-Hospital de Loulé, 181 
4.ª Efapel, 125 
5.ª LA Alumínios-Antarte, 85

domingo, 20 de março de 2016

E a tradição voltou a cumprir-se...

A Klein Constantia, equipa satélite da Etixx-QuickStep, fechou a Volta ao Alentejo com chave de ouro, vencendo, hoje, a última etapa, por intermédio do francês Remi Cavagna, e a geral individual, através do espanhol Enric Mas. 

Pensava-se que a Volta ao Alentejo acabaria por decidir-se nas bonificações, mas o desfecho foi ainda mais apertado, no final dos 172,3 quilómetros que hoje ligaram Santiago do Cacém e Évora. Foi necessário recorrer ao desempate por pontos, uma vez que as bonificações empataram Enric Mas e Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus). 

Contas feitas, Enric Mas sagrou-se o 34.º vencedor da Volta ao Alentejo, com menos 3 pontos do que o anterior comandante, Krister Hagen, ambos com o mesmo tempo. David de la Fuente (Sporting-Tavira) foi o terceiro, a 9 segundos. 

A etapa até começou por correr de feição para os interesses da Team Coop-Oster Hus, dado que um grupo de sete corredores, sem importância para a geral, adiantou-se. Dos sete resistiram três em homens em cabeça de corrida, mas foram alcançados antes da meta volante de Arraiolos, onde Mas bonificou dois segundos e Hagem apenas um. Consumou-se ali o empate em tempo. 

Após a meta volante, deu-se nova escapada, jogada de mestre da Klein Constantia, que, levando a fuga até ao fim, diminuía as possibilidades de Hagen recuperar a vantagem nas bonificações de chegada. 

Tudo correu bem à equipa sediada na República Checa. Remi Cavagna triunfou no empedrado húmido de Évora e o colega de equipa Maximilian Schachmann foi segundo, a 2 segundos. Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 3 segundos, fechou o pódio de uma jornada que encerrava de forma acidentada, com quedas na aproximação à meta, que provocaram vários cortes no pelotão. 

Além da geral individual, Enric Mas também venceu por pontos e foi o melhor jovem. Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) acabou coroado rei dos trepadores e a Axeon-Hagens Berman, impôs-se por equipas.



Classificações:
5.ª Etapa: Santiago do Cacém - Évora, 172,3 km

1.º Remi Cavagna (Klein Constantia), 3h56m51s (Média: 43,648 km/h) 
2.º Maximilian Schachamann (Klein Constantia), a 2s 
3.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 3s 
4.º Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus),mt 
5.º Enric Mas (Klein Constantia), mt 
6.º Pierrick Naud (Rally Cycling), mt 
7.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), m 
8.º Tyler Williams (Axeon-Hagens Berman), mt 
9.º Rafael Reis (W52-FC Porto), a 10s 
10.º Luís Mendonça (Sicasal/Constantinos/UDO), mt 

Geral Individual:

1.º Enric Mas (Klein Constantia), 21h54m49s 
2.º Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), mt 
3.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), a 9s 
4.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), a 11s 
5.º Rafael Silva (Efapel), a 15s 
6.º Tao Geoghegan Hart (Axeon-Hagens Berman), a 18s 
7.º Nuno Bico (Klein Constantia), mt 
8.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), mt 
9.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 20s 
10.º Rafael Reis (W52-FC Porto), a 24s

quinta-feira, 17 de março de 2016

Enric Mas assalta liderança no castelo de Montemor

O espanhol Enric Mas (Klein Constantia) venceu hoje a segunda etapa da Volta ao Alentejo, uma extensa ligação de 206,2 quilómetros, entre Monforte e o castelo de Montemor-o-Novo, e é o nov líder da competição. 

O corredor da equipa satélite da Etixx-QuicStep destacou-se na dura rampa em empedrado para a meta, coincidente com um prémio de montanha de quarta categoria, e terminou a etapa com 2 segundos de vantagem sobre o basco Garikoitz Bravo (Euskadi Basque Country-Murias) e com 4 segundos sobre o jovem luso Rui Oliveira (LIberty Seguros/Carglass), segundo e terceiro, respetivamente. 

O basco Imanol Estévez (Euskadi Basque Country-Murias) tentou defender a camisola amarela, bonificando 4 segundos em duas metas volantes da tirada. Esse esforço não foi suficiente, acabando por ceder o símbolo de liderança a Enric Mas, embora com o mesmo tempo. Quem também bonificou nos sprints intermédios - seis segundos - foi o norueguês Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), que segurou o terceiro posto, a 3 segundos do novo comandante. 

Eddie Dunbar (Axeon-Hagens Berman) foi o maior animador da viagem. Abalou à aventura com cerca de 70 quilómetros percorridos e manteve-se sozinho, pedalando na planície, durante peto de 80 quilómetros, até ser absorvido pelo pelotão, comandado pelo Sporting-Tavira, com a meta ainda 60 mil metros de distância. 

O trabalho das equipas portuguesas durante a etapa foi aproveitado pelos conjuntos forasteiros, mais capazes na fase final da jornada. A Klein Constantia foi a equipa que mais lucrou, passando a liderar individual e coletivamente, além de ter Enric Mas no comando dos pontos e da juventude. Sobra a classificação da montanha para Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte). 

A terceira etapa vai ligar, nesta sexta-feira, Portel a Beja, num traçado típico do Alentejo: 186,6 quilómetros sem qualquer contagem de montanha. A partida será dada às 11h20 e a chegada está prevista para pouco antes das 16h00. 

Classificações:
 
2.ª Etapa: Monforte - Montemor-o-Novo, 206,2 km
 
1.º Enric Mas (Klein Constantia), 5h06m15s 
2.º Garikoitz Bravo (Euskadi Basque Country-Murias), a 2s 
3.º Rui Oliveira (Liberty Seguros/Carglass), a 4s 
4.º Tao Geoghegan Hart (Axeon-Hagens Berman), mt 
5.º Krister Hagen (Team Coop-Oster Hust), mt 
6.º Rafael Reis (W52-FC Porto), mt 
7.º Rafael Silva (Efapel), mt 
8.º Logan Owen (Axeon-Hagens Berman), mt 
9.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), mt 
10.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), mt 

Geral Individual: 
1.º Enric Mas (Klein Constantia), 9h01m32s 
2.º Imanol Estévez (Euskadi Basque Country-Murias), mt 
3.º Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), a 3s 
4.º Garikoitz Bravo (Euskadi Basque Country-Murias), a 6s 
5.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), a 8s 
6.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), a 10s 
7.º Tao Geoghegan Hart (Axeon-Hagens Berman), a 14s 
8.º Rafael Silva (Efapel), mt 
9.º August Jensen (Team Coop-Oster Hus), mt 
10.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), mt

Imanol Estévez é o primeiro líder no Alentejo

O basco Imanol Estévez (Euskadi Basque Country-Murias) venceu hoje, em Castelo de Vide, a primeira etapa da Volta ao Alentejo, depois de percorridos 158 quilómetros, desde Portalegre. 

O melhor jovem do Grande Prémio Liberty Seguros aproveitou o facto de grande parte dos homens mais rápidos ter ficado para trás nas quatro montanhas da tirada para superiorizar-se ao minipelotão que discutiu as primeiras posições. O pódio do dia ficou completo com dois homens do Sporting-Tavira, David de la Fuente e Jesús Ezquerra, segundo e terceiro, respetivamente. 

Na geral, Imanol Estévez tem 4 segundos de vantagem sobre David de la Fuente e 5 segundos de margem sobre Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), que lhe sucedem na tabela. 

"Foi uma etapa muito dura, sobretudo após a subida logo à saída de Portalegre [Cabeço de Mouro]. O pelotão ficou reduzido a cerca de 50 homens. Sabíamos que neste grupo restrito, poderíamos aproveitar os topos finais para vencer. A equipa trabalhou para isso e eu ganhei. Vínhamos com intenção de conquistar uma etapa, mas agora tentaremos defender a camisola amarela", promete Imanol Estévez. 

Os primeiros 100 quilómetros, planos, foram animados por uma fuga de quatro elementos: Ivo Oliveira (Liberty Seguros/Carglass), Krister Hagen (Team Coop-Oster Hus), Remi Cavagna (Klein Constantia) e Alexander Vdovin (Lokosphinkx). O russo resistiu cerca de 30 quilómetros em cabeça de corrida e os restantes escapados aguentaram até à entrada na zona montanhosa da viagem. 

O algarvio Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) desferiu um poderoso ataque na subida mais dura, em Cabeço de Mouro, acabando a pedalar em solitário e a vencer as três primeiras contagens de montanha da competição. Acabaria, no entanto, por sucumbir à perseguição movida pela W52-FC Porto. A iniciativa de Antunes abortaria a cerca de 25 quilómetros da chegada. 

A fuga valeu a Amaro Antunes a liderança na classificação da montanha. Imanol Estévez é o primeiro por pontos, Tao Geoghegan Hart (Axeon-Hagens Berman) é o melhor jovem e o Sporting-Tavira comanda coletivamente. 

A segunda etapa, a mais extensa da prova, corre-se nesta quinta-feira, numa ligação 206,2 quilómetros, entre Monforte e Montemor-o-Novo, com a meta, no castelo, a coincidir com uma contagem de montanha de quarta categoria.

terça-feira, 15 de março de 2016

Começa já amanhã mais uma edição da alentejana...


Um pelotão de 175 ciclistas vai disputar a 34.ª Volta ao Alentejo em bicicleta, entre 16 e 20 de março, com início em Portalegre e chegada a Évora, num total de mais de 900 quilómetros.

Entre as equipas participantes estão 12 portuguesas e 10 estrangeiras, em representação de oito países (Portugal, Suécia, Estados Unidos, Holanda, Noruega, Espanha, República Checa e Rússia), num total de 175 corredores.

O pelotão luso conta com as equipas profissionais do Sporting-Tavira e W52-FC Porto, que regressaram recentemente à estrada, bem como com a LA -Antarte, Rádio Popular-Boavista, Louletano-Hospital de Loulé e Efapel, às quais se vão juntar seis equipas sub-23.

Do estrangeiro, vêm as equipas da Bliz-Merida (Suécia), Rally Cycling, USA Cycling e Axeon-Hagens Berman (Estados Unidos), Euskadi Basque-Murias (Espanha), Lokosphinx (Rússia), Metec TKH Continental (Holanda), Team COOP-Oster HUS (Noruega), TeamFixit. No (Noruega) e Klein Constantia (República Checa).

Com um total de cinco etapas e 907 quilómetros, a 'Alentejana' arranca já amanhã, com a ligação entre Portalegre e Castelo de Vide, num total 158 quilómetros, nos quais estão previstos quatro prémios de montanha.

A segunda etapa, a mais longa da prova, parte de Monforte para 206 quilómetros até Montemor-o-Novo, seguindo-se, no terceiro dia de competição, a ligação entre Portel e Beja, num percurso de 186 quilómetros.

No quarto e penúltimo dia de prova, os ciclistas vão começar em Aljustrel e ter como 'pano de fundo' o litoral alentejano, com a chegada a acontecer em Grândola, ao fim de 184 quilómetros.

A derradeira etapa da Volta ao Alentejo em bicicleta, num percurso de 172 quilómetros, parte de Santiago do Cacém e termina em Évora, onde a meta vai estar instalada na Praça do Giraldo, considerada a sala de visitas da cidade.

Nas 33 edições da 'Alentejana', nunca nenhum ciclista conseguiu vencer a prova por duas vezes.

Etapas:

16 de março, 1.ª etapa: Portalegre - Castelo de Vide, 158 km.

17 de março, 2.ª etapa: Monforte - Montemor-o-Novo, 206,2 km.

18 de março, 3.ª etapa: Portel - Beja, 186,6 km.

19 de março, 4.ª etapa: Aljustrel - Grândola, 184,7 km.

20 de março, 5.ª etapa: Santiago do Cacém - Évora, 172,3 km.

Edição 2015:

1. BERNAS Pawel 18:31:53
2. FERNANDEZ CRUZ Delio 00:00:07
3. ORAM James 00:00:07
4. CALDEIRA Samuel José Rodrigues 00:00:10
5. CARDOSO Manuel Antonio Leal 00:00:12
6. SOUSA Sergio Ferreira 00:00:13
7. GALLEGO RUIZ Alberto 00:00:17
8. GMELICH MEIJLING Jarno 00:00:17
9. EISING Tijmen 00:00:20
10. GONZALEZ SALAS Mario 00:00:21


Ligações:


segunda-feira, 14 de março de 2016

Jensen coroado em etapa ganha por Routley

O norueguês August Jensen (Team Coop-Oster Hus) conquistou hoje o 8.º Grande Prémio Liberty Seguros, que terminou, em Lagoa, com vitória do canadense Will Routley (Rally Cycling) na segunda e última etapa. 

Os derradeiros 186,6 quilómetros da prova, que celebraram Lagoa Cidade do Vinho 2016 com a partida e a chegada da etapa a acontecerem naquela cidade algarvia, foram disputados a alta velocidade – média de 41,119 km/h – e com grande intensidade competitiva. 

August Jensen garantiu a Camisola Amarela Liberty Seguros graças aos 3 segundos de bonificação que amealhou nas metas volantes da tirada. Foi essa a diferença que o separou do segundo classificado na geral, Will Routley. O terceiro na geral foi o espanhol Vicente Garcia de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), melhor corredor das equipas portuguesas, a 5 segundos. 

"Foi uma corrida muito dura. Fiquei apenas com um colega de equipa para os últimos 100 quilómetros. Tivemos de trabalhar muito para manter tudo junto no grupo da frente. Na chegada só tive de garantir que não perdia tempo. Acabo esta prova muito satisfeito por ganhar a classificação geral", afirmou Jensen, antes da coroação no pódio. 

Will Routley teve de contentar-se com o triunfo na etapa, diante de Imanol Estévez (Euskadi Basque Country-Murias) e de Vicente García de Mateos, segundo e terceiro na jornada. "A equipa fez o reconhecimento dos últimos 25 quilómetros desta etapa e eu sabia que atacar no último topo poderia dar-me a vitória. Acabei por ser apanhado e pensei que já não teria hipóteses no sprint. No entanto, ao fim de duas etapas muito duras, estavam todos cansados e ainda conseguir vencer. A época passada não correu como eu queria. Fiz um 'reset' no defeso e é sempre bom começar com esta vitória o novo ano", avança o ciclista oriundo do Canadá. 

O espanhol David de la Fuente (Sporting-Tavira) terminou o Grande Prémio Liberty Seguros como rei da montanha, sendo um incontestável dono da Camisola Azul Água Hotels, já que ganhou três das quatro contagens de montanha da corrida. Vicente García de Mateos, terceiro classificado em ambas as etapas, leva para casa a Camisola Lilás Lagoa Cidade do Vinho, de melhor homem na tabela dos pontos. 

O basco Imano Estévez conquistou a Camisola Branca Turismo do Algarve, de melhor jovem, mercê do segundo lugar na etapa deste domingo e da desistência, por sintomas gripais, do anterior líder da juventude, Rúben Guerreiro. O Sporting-Tavira ganhou por equipas. 

Classificações:

2.ª Etapa: Lagoa Cidade do Vinho 
Lagoa - Lagoa, 186,6 km 
1.º Will Routley (Rally Cycling), 4h32m1s 
2.º Imanol Estévez (Esukadi Basque Country-Murias), mt 
3.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), mt 
4.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), mt 
5.º Pierre Moncorgé (Bliz-Merida), mt 
6.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), mt 
7.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), mt 
8.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), mt 
9.º August Jensen (Team Coop-Oster Hus), mt 
10.º Enric Mas (Klein Constantia), mt 

Geral Individual Final:

1.º August Jensen (Team Coop-Oster Hus), 7h32m37s 
2.º Will Routley (Rally Cycling), a 3s 
3.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), a 5s 
4.º Pierre Moncorgé (Bliz-Merida), a 7s 
5.º Imanol Estévez (Esukadi Basque Country-Murias), mt 
6.º Jerôme Mainard (Armée de Terre), a 10s 
7.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), a 11s 
8.º Tyler Williams (Axeon-Hagens Berman), a 12s 
9.º Jesús Ezquerra (Sporting-Tavira), a 13s 
10.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), mt

sexta-feira, 11 de março de 2016

8º G.P. Liberty Seguros - Troféu Alpendre

O Grande Prémio Liberty Seguros, pontuável para o Ranking Mundial – nova classificação que agrega todas as provas internacionais de estrada – vai contar com 23 equipas e cerca de 180 corredores, oriundos de 20 países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Equador, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Itália, Letónia, Noruega, Nova Zelândia, Portugal e Suécia. 

Os participantes vão disputar duas etapas, num total de 337,9 quilómetros.

 
A primeira tirada é a 26.ª Clássica do Restaurante Alpendre e será disputada, ao longo de 151,6 quilómetros, no sotavento algarvio. A partida (13h00) e a chegada (16h30) estão marcadas para a Junta de Freguesia de Vila Nova de Cacela, no sábado. 




A segunda jornada leva o pelotão ao barlavento, no domingo, para um esforço de 186,6 quilómetros, com partida no Auditório Municipal de Lagoa (10h50) e final na Câmara Municipal do mesmo concelho (15h30), comemorando a iniciativa Lagoa Cidade do Vinho 2016.


Classificação 2015:

1. GUERREIRO Ruben 09:35:39
2. BERNAS Pawel 00:00:03
3. JOYCE Colin 00:00:06
4. ORAM James 00:00:08
5. NEILANDS Krists 00:00:12
6. CALDEIRA Samuel José Rodrigues 00:00:13
7. SHILOV Sergey 00:00:16
8. SILVA Rafael 00:00:17
9. FRANCZAK Pawel 00:00:18
10. GARCIA DE MATEOS RUBIO Vicente 00:00:19


quarta-feira, 9 de março de 2016

Regresso da Volta à Alemanha?

A Volta à Alemanha em ciclismo, suspensa desde 2008, vai renascer em 2017 ou 2018 e será organizada pela Amaury Sport Organisation (ASO), que organiza várias provas do calendário velocipédico, incluindo a Volta a França.

Um acordo de cooperação, anunciado hoje pela ASO, foi estabelecido entre a sociedade francesa e a Federação Alemã de Ciclismo, proprietária da prova.

"Graças à dinâmica gerada pela partida da Volta a França de 2017, em Dusseldorf, e aos resultados de uma nova geração de campeões alemães, as condições estão reunidas para que o ciclismo seduza novamente um grande número de alemães", explicou a ASO em comunicado, revelando que o acordo entre as duas partes será por dez anos.

No ano passado, o Tour regressou ao canal público alemão ARD, depois de três anos de ausência.

Em 2012, os dois principais emissores alemães, ARD e ZDF, puseram um ponto final na transmissão televisiva da principal prova velocipédica mundial, depois de vários escândalos de dopagem, nomeadamente o do norte-americano Lance Armstrong, terem 'sacudido' o ciclismo.

"A Alemanha tem a vocação para voltar a ser um país-chave do ciclismo", considerou Christian Prudhomme, o diretor do Tour, em declarações à AFP.

A nova Volta à Alemanha ainda não tem data definida, mas deverá acontecer em maio ou agosto.

Em dezembro, o país tinha ficado sem provas por etapas, devido ao cancelamento da Volta à Baviera.

De acordo com a federação alemã, presidida pelo antigo ministro Rudolf Scharping, mais de 27 milhões de alemães praticam regularmente atividades velocipédicas.

Mais um fim de semana cheio de ciclismo

O programa Cyclin’Portugal continua a atrair ao país praticantes e equipas para estágios e competições. No próximo fim de semana realizam-se mais duas provas, pontuáveis para os rankings internacionais, e que fazem parte do Cyclin’Portugal: no algarve corre-se, nos dias 12 e 13, o Grande Prémio Liberty Seguros.

O Grande Prémio Liberty Seguros, pontuável para o Ranking Mundial – nova classificação que agrega todas as provas internacionais de estrada – vai contar com 23 equipas e cerca de 180 corredores, oriundos de 20 países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Equador, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Itália, Letónia, Noruega, Nova Zelândia, Portugal e Suécia. 

Os participantes vão disputar duas etapas, num total de 337,9 quilómetros. A primeira tirada é a 26.ª Clássica do Restaurante Alpendre e será disputada, ao longo de 151,6 quilómetros, no sotavento algarvio. A partida (13h00) e a chegada (16h30) estão marcadas para a Junta de Freguesia de Vila Nova de Cacela, no sábado. 

A segunda jornada leva o pelotão ao barlavento, no domingo, para um esforço de 186,6 quilómetros, com partida no Auditório Municipal de Lagoa (10h50) e final na Câmara Municipal do mesmo concelho (15h30), comemorando a iniciativa Lagoa Cidade do Vinho 2016.

terça-feira, 8 de março de 2016

Matti Manninen triunfa em solitário

O finlandês Matti Manninen (Bliz-Merida) venceu hoje a 20.ª edição da Clássica Primavera, cortando a meta em solitário, na Avenida dos Banhos, Póvoa de Varzim, depois de percorridos 145,7 quilómetros. 

Matti Manninen, da equipa sueca que estagia em Portugal desde janeiro, surpreendeu o pelotão nacional, atacando no grupo de fugitivos para suceder a Pedro Paulinho como vencedor da clássica poveira. O segundo classificado, a 3m01s, foi mais Sebastian Baylis, da britânica Zappi’s, outra formação em trabalho no Algarve desde o início do ano. O terceiro classificado e primeiro do pelotão, a 3m48s do vencedor, foi o português Rafael Silva (Efapel), que ainda celebrou, pensando ser o vencedor da prova. 

“A fuga não estava a funcionar muito bem, os outros corredores pareciam cansados e eu decidi acelerar. Agora quero estar bem nas próximas corridas que teremos em Portugal, o Grande Prémio Liberty Seguros e a Volta ao Alentejo”, afirmou Matti Manninem, que foi quinto classificado no Europeu de sub-23, em 2014, ano em que se sagrou campeão finlandês de contrarrelógio. 

O segundo lugar valeu a Sebastian Baylis a vitória entre os sub-23, diante de Luís Gomes e de Rui Oliveira, ambos da Liberty Seguros/Carglass. 

Classificação da Clássica Primavera:
 
1.º Matti Manninen (Bliz-Merida), 3h52m07s 
2.º Sebastian Baylis (zappi’s), a 3m01s 
3.º Rafael Silva (Efapel), a 3m48s 
4.º Daniel Freitas (W52-FC Porto), mt 
5.º Luís Mendonça (Sicasal/Constantinos/UDO), mt 
6.º Rafael Reis (W52-FC Porto), mt 
7.º César Fonte (Rádio Popular-Boavista), mt 
8.º Luís Gomes (Liberty Seguros/Carglass), mt 
9.º David de la Fuente (Sporting-Tavira), mt 
10.º Pedro Paulinho (LA Alumínios-Antarte), mt

quinta-feira, 3 de março de 2016

Amaro Antunes lidera ranking nacional

O desempenho conseguido na Volta ao Algarve, com o décimo lugar final e boas prestações nas duas chegadas em alto, valeu a Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) a liderança do Ranking Ciclista do Ano no final de Fevereiro. 

O corredor algarvio soma 80 pontos, mais dez do que o minhoto Tiago Machado (Katusha), segundo corredor mais pontuado. O terceiro é o campeão nacional de contrarrelógio, Nelson Oliveira (Movistar), que amealhou 50 pontos na Volta ao Algarve. 

A hegemonia das grandes equipas e dos melhores corredores mundiais, levou a que, neste momento, só haja seis ciclistas classificados no Ranking Ciclista do Ano. 

A tabela das melhores equipas é encimada pela LA Alumínios-Antarte, com 80 pontos, que é seguida pela W52-FC Porto, com 3. 

Ranking Ciclista do Ano 

1.º Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte), 80 pontos 
2.º Tiago Machado (Katusha), 70 
3.º Nelson Oliveira (Movistar), 50 
4.º Ricardo Vilela (Caja Rural-Seguros RGA), 15 
5.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), 3 
6.º André Cardoso (Cannondale), 1 

Equipa do Ano 

1.ª LA Alumínios-Antarte, 80 pontos 
2.ª W52-FC Porto, 3

Rui Oliveira supera expectativas com oitavo lugar

Rui Oliveira abriu hoje, ao início da noite, a participação portuguesa no Campeonato do Mundo de Pista, que se disputa em Londres, Inglaterra, com a oitava posição na prova de scratch, um resultado de excelência que supera todas as expectativas. 

Apesar de estar no início da segunda temporada como sub-23, Rui Oliveira bateu-se de igual para igual com os melhores corredores de elite do mundo, ganhando uma volta ao pelotão e cortando a meta no quinto lugar no sprint final. Este desempenho valeu ao gaiense o oitavo lugar, claramente superior ao top 12, definido à partida como objetivo máximo, uma vez que a meta mínima era superar o 16.º posto de há um ano. 

Rui Oliveira esteve muito ativo ao longo da corrida de 15 quilómetros, participando numa primeira fuga, que não teve sucesso. À segunda tentativa conseguiu distanciar-se, com outros seis ciclistas e ganhar uma volta ao pelotão. Não conseguiu, contudo, aproximar-se do pódio, uma vez que seis participantes dobraram o pelotão duas vezes. 

“Não foi fácil ganhar uma volta, mas arrisquei, aproveitando as boas sensações que tive durante a corrida. A dado momento, a meio da prova, perdi um pouco o foco e dispersei-me. Se não fosse isso, nunca se sabe se não conseguiria um resultado ainda melhor. Acabo muito feliz, porque era o mais novo em prova e o oitavo lugar no meu segundo mundial é muito bom”, afirmou Rui Oliveira. 

O mais forte da corrida foi o espanhol Sebastián Mora, campeão europeu em título, que ganhou duas voltas à concorrência e ainda se deu ao luxo de atacar na fase final para cortar a meta destacado de todos os rivais. O segundo classificado foi o mexicano Ignacio Prado, enquanto o suíço Claudio Imhof fechou o pódio. 

“O Rui teve um grande desempenho, sempre atento a todas as movimentações da corrida. Conseguiu dobrar o pelotão e colocar-se em posição de obter um bom resultado. Demonstrou estar ao nível de exigência de uma prova em que todos revelaram grande equilíbrio, exceto o vencedor, que esteve num nível diferente”, considera o selecionador nacional, Gabriel Mendes. 

Portugal volta a estar representado na pista londrina na próxima sexta-feira, cerca das 20h30, quando Ivo Oliveira alinhar na final da corrida por pontos.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

César Martingil vence a primeira prova do ano Sub-23

O ribatejano César Martingil (Liberty Seguros/Carglass) ganhou hoje, ao sprint, a Volta à Maia, primeira corrida pontuável para a Taça de Portugal de Sub-23,disputada ao longo de 148,6 quilómetros. 

O corredor da equipa de Oliveira de Azeméis respondeu da melhor forma ao trabalho dos colegas de equipa, que anularam a fuga de António Barradas (Maia), Emanuel Duarte (Sicasal/Constantinos/UDO) e Alejandro Rodríguez (Supermercados Froiz), uma iniciativa que animou grande parte da viagem. 

Foi um pelotão restrito a 30 corredores que lutou pela vitória. César Martingil foi o mais veloz, relegando Fábio Mansilhas (Anicolor) para o segundo lugar e Jorge Montenegro (CC Padronés/Aluminios Cortizo) para o terceiro posto. 

“Os fugitivos ficaram reduzidos a dois e tiveram de enfrentar muito vento. Mesmo assim, foi necessário a equipa pegar na corrida, com cerca de metade da prova disputada, para que houvesse uma chegada ao sprint. Eu e o Luís [Gomes] éramos as apostas para o final. O Luís acabou por fazer um excelente lançamento e eu pude vencer”, afirmou César Martingil no final da competição. 

A Anicolor venceu por equipas. Álvaro Ferreira (Goldwin/Team José Maria Nicolau) foi o melhor sub-23 de primeiro ano. Luís Mendonça (Sicasal/Constantinos/UDO) ganhou a classificação dos trepadores. 

A Taça de Portugal de Sub-23 terá mais duas etapas, nos dias 30 de abril e 1 de maio, na região de Aveiro.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Sub-23 estreiam-se já amanhã com a IV Volta à Maia

A IV Volta à Maia, que se disputa já amanhã, 28 de fevereiro, marca o arranque da edição de 2016 da Taça de Portugal de Sub-23. Ao contrário do que sucedeu nas épocas anteriores, os sub-23 terão um troféu próprio, a disputar sem terem a concorrência dos corredores de elite das equipas continentais. 

A prova deste domingo tem 148,6 quilómetros, com partida (11h00) e chegada (14h30) no centro da Maia, apresenta um traçado de constante sobe e desce, embora sem subidas muito pronunciadas. Os corredores vão completar três voltas a um circuito com passagem pela zona industrial da Maia, Guardeiras, Vilar do Pinheiro, Gilão, Fornelo, Carriça, Camposa, S. Miguel-o-Anjo, Travagem, Alto da Maia, Mosteiro de Águas Santas, Milheirós e Nogueira da Maia. 

Vão participar as equipas de clube portuguesas – ACDC Trofa, Anicolor, Goldwin/Team José Maria Nicolau, Liberty Seguros/Carglass, Maia, Moreira Congelados/Feira/Bicicletas Andrade e Sicasal/Constantinos/UDO -, equipas de clube galegas, a equipa continental sueca Bliz-Merida e podem inscrever-se os corredores sub-23 das equipas continentais portuguesas. 

A Taça de Portugal de Sub-23 terá mais duas provas, a disputar nos dias 30 de abril e 1 de maio, na região de Aveiro.




Boas noticias para Adriano Malori

O ciclista italiano Adriano Malori (Movistar) teve hoje alta ao recuperar satisfatoriamente do traumatismo cranioencefálico sofrido a 22 de janeiro, na sequência de uma queda durante o Tour de San Luis, na Argentina.

Depois do acidente, o ciclista da Movistar foi internado num hospital da província central argentina e sujeito a coma induzido, tendo sido transferido a 26 de janeiro para uma clínica especializada de Buenos Aires, a fim de ser submetido a exames médicos “mais precisos, com técnicas e instrumentos não disponíveis na clínica de San Luis”.

Adriano Malori foi posteriormente transferido para a Clínica Universitária de Navarra, a 16 de fevereiro, para continuar o seu tratamento. De acordo com o centro hospitalar, o paciente evoluiu “com resultados satisfatórios”, pelo que hoje teve alta.

O campeão italiano de contrarrelógio tem publicado fotos no Twitter, a mostrar a sua evolução e a agradecer o apoio dos adeptos.

Também hoje, Jonathan Castroviejo foi operado à fratura do cúbito do braço esquerdo, que sofreu ao chocar com um espetador após a última etapa da Volta ao Algarve, no domingo.

Os médicos estimam que o campeão espanhol de contrarrelógio, que chocou com um adepto quando descia para a zona das caravanas, após o final da quinta etapa, vá estar parado durante dois meses.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Filipe Cardoso desafia adeptos a serem ciclistas de elite por dois dias

O I Training Camp de Ciclismo, organizado por Filipe Cardoso, vai proporcionar aos adeptos uma experiência rara na pele de atletas de elite, com os participantes a serem convidados a tornarem-se ciclistas durante um fim de semana.

Filipe Cardoso (Efapel) é, muito provavelmente, o ciclista mais popular do pelotão nacional entre os adeptos da modalidade e a razão é simples: “Há muito tempo que tento, dentro do possível, estar ligado aos amantes da bicicleta, amigos, conhecidos e desconhecidos. Com o passar dos anos tenho recebido, através das redes sociais e pessoalmente, centenas de perguntas sobre as mais diversas áreas que influenciam o rendimento na bicicleta”.

Essas dúvidas de “atletas amadores de estrada e BTT, atletas profissionais, sub-23 ou simples ciclistas que andam de bicicleta ao domingo”, sobre treino, alimentação, suplementação, nutrição, a bicicleta e seus componentes, foram o embrião para o I Training Camp de Ciclismo, que se realiza sábado e domingo, no Clube de Vela de Viana do Castelo.

Durante dois dias, os 30 participantes – o corredor da Efapel teve de limitar o número de inscritos para poder dar a devida atenção a todos – vão viver “a experiência de serem atletas de elite, sem o stress da competição e com acesso a informação e equipamentos a que de outra forma não iam conseguir aceder.

“Vão aprender a treinar com mais qualidade seja qual for o seu objetivo, vão perceber a importância da parte médica e da experiencia na modalidade, aprender a ler os rótulos da suplementação e a comer antes, durante e depois do esforço. Vão sair dali com as noções-base para depois, em casa, serem atletas mais saudáveis e olharem para a bicicleta com mais interesse ainda”, explicou à agência Lusa o último vencedor de uma etapa da Volta a Portugal no alto da Senhora da Graça.

No plano desenhado para o fim de semana incluem-se duas manhãs para pedalar, nas quais Cardoso vai ser o guia e o responsável por controlar o ritmo do treino, enquanto as tardes serão dedicadas ao esclarecimento de dúvidas, partilha de experiências e a avaliação física dos participantes. “Será feita uma medição das “pregas” a todos, ficando todos a saber quantos quilinhos têm a mais”, brincou.

Para esta aventura, Filipe Cardoso conta com a ajuda de dois médicos, Benjamim Carvalho, um veterano nas lides velocipédicas, e o seu filho Bruno Carvalho, com os três a proporem-se a responder a questões tão diferentes como “Qual o propósito do treino específico, com intensidades, tempo e repetições predefinidas?” ou “Qual é a diferença entre andar cinco horas a conversar e fazer uma hora de treino específico?”.

“Temos mantido um contacto constante com os que já confirmaram a inscrição e vamos revelando aos poucos tudo aquilo que pretendemos. Mesmo assim acho que vão ficar surpreendidos com as condições e com o cuidado com que preparámos tudo e também quando partilhar os dados de frequência cardíaca, velocidades, potência de algumas etapas, nomeadamente da etapa da Volta a Portugal que ganhei na Senhora da Graça. Vão perceber que o ciclismo de alta competição é muito violento”, garantiu.

Mas nem tudo será sofrimento. “Na nossa perspetiva, desporto é equilíbrio, portanto sábado vamos também ter um bonito jantar em frente ao rio nas instalações do Clube de Vela com um enólogo meu amigo que nos vai trazer os vinhos e falar um bocadinho sobre cada garrafa que abrir”, completou.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

34ª da Volta ao Alentejo entre os dias 16 e 20 Março

A 34.ª edição da Volta ao Alentejo, hoje apresentada em Évora, vai disputar-se ao longo de 907,8 quilómetros, entre 16 e 20 de Março. 

A prova terá cinco etapas em linha e terá a participação de 22 equipas, oriundas de oito países. As equipas continentais e de clube portuguesas terão pela frente uma seleção nacional e nove equipas forasteiras. 

A prova arranca com a etapa rainha, ainda que seja a mais curta da competição. Os corredores vão cumprir 158 quilómetros, entre Portalegre e Castelo de Vide. Há quatro contagens de montanha - metade das subidas pontuáveis de toda a Volta - nos derradeiros 55 quilómetros da viagem. 

A segunda tirada, 206,2 quilómetros entre Monforte e Montemor-o-Novo, termina na rampa do castelo de Montemor, onde poderão fazer-se algumas diferenças de segundos, importantes para acertar a geral. 

Ao terceiro dia chega, em todo o esplendor, a planície alentejana, numa ligação, própria para roladores, de 186,6 quilómetros, entre Portel e Beja. 

A quarta etapa une Aljustrel a Grândola e terá 184,7 quilómetros, Os últimos 172,3 quilómetros serão disputados na quinta etapa, entre Santiago do Cacém e Évora, com a meta instalada na Praça do Giraldo.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Volta ao Algarve - Etapa 4 - São Brás Alportel - Tavira (194 km)


Milhares de pessoas assistiram hoje, em Tavira, à vitória do alemão Marcel Kittel (Etixx-QuickStep) na quarta etapa da Volta ao Algarve, uma longa viagem de 194 quilómetros, que se iniciou em S. Brás de Alportel. Tony Martin (Etixx-QuickStep) continua no comando da classificação geral. 

A quinta vitória de Marcel Kittel na época de 2016 foi conseguida da forma que o germânico mais gosta, ao sprint. Numa longa reta, ascendente, ladeada por milhares de adeptos, Marcel Kittel impôs-se com autoridade, relegando o holandês Wouter Wippert (Cannondale) para o segundo lugar e o belga Jens Debusschere (Lotto Soudal) para o terceiro posto. Vítima de queda, a cerca de 40 quilómetros do final, André Greipel (Lotto Soudal) não pôde discutir a etapa. O melhor português foi Samuel Caldeira (W52-FC Porto), nono classificado.

Marcel Kittel prolongou o domínio alemão em Tavira, já que as últimas três vitórias de etapa na cidade do Gilão também pertenceram a corredores germânicos: André Greipel, em 2011, Gerald Ciolek, em 2012, e Tony Martin, em 2013. 

“Não tenho palavras para expressar o orgulho que sinto. As duas vitórias no Algarve foram muito boas. Hoje fizemos um excelente trabalho. Podemos estar super orgulhosos pela nossa prestação no Algarve. Vi o André [Greipel] cair, espero que esteja tudo bem”, afirmou Marcel Kittel. 

Desta feita Tony Martin não venceu, mas nem por isso deixou de ter motivos para celebrar. Subiu ao pódio para envergar a camisola amarela Cyclin’Portugal que levará no corpo, neste domingo, para a quinta e última etapa da Volta ao Algarve. O galês Geraint Thomas (Sky), dono da camisola azul Liberty Seguros, de melhor trepador, é o segundo classificado, apenas a 3 segundos, e é o mais forte candidato a conquistar a geral individual. 

"O final foi tranquilo. Cheguei relaxado, a nossa equipa conseguiu controlar tudo. Nos últimos 20 quilómetros, o pelotão estava bastante nervoso mas soubemos nos organizar e levar o Marcel [Kittel] à vitória. Amanhã sei que não será fácil. Tentarei manter-me com o [Geraint] Thomas e ver como me aguento. Tenho tido boas sensações mas só amanhã é que posso confirmar como realmente estou", declarou o líder. 

"Estou ansioso por amanhã. A equipa está forte, penso que vamos fazer um bom trabalho. É simpático da parte do [Tony] Martin considerar-me o favorito, ele que aqui já ganhou duas vezes. Não precisa de ser ganancioso e bem pode deixar-me ganhar amanhã. Espero ter boas pernas na subida final ao Malhão. Vou ver como me saio, mas diria que, em termos de confiança, numa escala de zero a dez, estou com dez", avançou Geraint Thomas.

Outro aspirante de peso ao amarelo da glória é o basco Ion Izagirre (Movistar), terceiro classificado, a 20 segundos. Tiago Machado (Katusha), sétimo classificado, a 59 segundos da liderança, é o melhor português. Seguem-se Nelson Oliveira (Movistar), 11.º, a 1m09s, e Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte), 14.º, a 1m33s. 

A Katusha comanda por equipas, Marcel Kittel enverga a camisola verde Turismo do Algarve, de líder por pontos, e o belga Tiesj Benoot (Lotto Soudal) parte a última ligação com a camisola branca Fundação do Desporto, símbolo de melhor jovem. 

A 42.ª Volta ao Algarve termina neste domingo com uma jornada que se adivinha de apoteose. Os corredores vão percorrer 169 quilómetros, entre Almodôvar e o alto do Malhão, em Loulé. A meta coincide com uma contagem de montanha de segunda categoria. A tirada termina na segunda passagem pelo Malhão. Os derradeiros 50 quilómetros são de constante sobe e desce, prestando-se a ataques. 

Domingo será também dia de Algarve Granfondo, prova aberta a amadores, que tem início e final em Loulé. Vão participar 700 ciclistas, que terminarão a tempo de se deslocarem para o Malhão, engrossando a multidão esperada na mítica subida algarvia. Os dados estão lançados para uma imensa festa de ciclismo. 

Classificações: 

1. Marcel Kittel (Etixx-QuickStep), 4h46m35s 
2. Wouter Wippert (Cannondale), mt 
3. Jens Debusschere (Lotto Soudal), mt 
4. Jonas van Genechten (IAM Cycling), mt 
5. José Joaquim Rojas (Movistar), mt 
6. Andrea Pasqualon (Roth Team), mt 
7. Phil Bauhaus (Bora-Argon 18), mt 
8. Dylan Groenewegen (Lotto NL-JUmbo), mt 
9. Samuel Caldeira (W52-FC Porto), mt 
10. Jasper Stuyven (Trek-Segafredo), mt 




sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Cancelara vence... Martin lidera e Luis Leon Sanchez abandona

Os dois melhores contrarrelogistas do mundo da última década, Fabian Cancellara (Trek-Segafredo) e Tony Martin (Etixx-QuickStep), destacaram-se, hoje, na terceira etapa da Volta ao Algarve, um exercício individual de 18 quilómetros, em redor de Sagres. O suíço ganhou a etapa e o alemão assumiu o comando da classificação geral. O anterior líder, Luis León Sánchez (Astana), caiu e não terminou a etapa. 

Num percurso plano, os grandes especialistas deram cartas e proporcionaram uma tarde de emoções fortes. Fabian Cancellara foi o mais veloz, pedalando à média de 51,551 km/h, terminando o contrarrelógio em 20m57s. Tony Martin, que logrou o melhor registo na cronometragem intermédia, ao quilómetro 11,3, cedeu na segunda metade da prova, concluindo a etapa a 5 segundos do helvético. O britânico Geraint Thomas (Sky) manteve a regularidade ao longo de todo o percurso, sendo terceiro classificado, a 28 segundos de Cancellara. 

"Estou satisfeito com esta vitória, a maior alegria é vencer. Claro que bater o Tony Martin, assim como todos os outros, é importante. O vento estava muito forte. Antes de sair para um 'crono' há que considerar todos os aspetos técnicos e como vamos 'rolar'. Senti-me bem no aquecimento e fui atrás da vitória. Depois de tantos anos de ausência é bom regressar ao Algarve e voltar a casa com uma vitória. Este era o meu objetivo na Volta ao Algarve", declarou Fabian Cancellara, após a consagração no pódio. 

O espanhol Luis León Sánchez partiu com a camisola amarela Cyclin’Portugal, disposto a segurar a liderança. No ponto intermédio conseguiu o sexto tempo, mas, na zona de inversão de marcha a bicicleta derrapou, atirando o espanhol ao chão e impedindo a sua continuidade em prova. 

Tony Martin, que chegou extenuado ao final do contrarrelógio, sentando-se no chão após cortar a meta, viu o esforço recompensado. Não venceu a etapa, mas envergou a camisola amarela e é candidato a conquistar a Volta ao Algarve pela terceira vez na carreira, depois dos triunfos de 2011 e de 2013. O britânico Geraint Thomas (Sky), vencedor da Volta ao Algarve do ano passado, é o adversário mais direto, apenas a 3 segundos. O terceiro classificado é o basco Ion Izagirre (Movistar), a 20 segundos. 

"Vamos ver se a amarela é para manter, ainda falta duas etapas. Tendo esta camisola e vou tentar ficar com ela até ao fim. Conheço bem a última subida [Malhão, Loulé], já lá estivemos noutros e espero estar num dia bom. Vim para ganhar o contrarrelógio. Não estou satisfeito com o resultado mas sim com a minha prestação. Penso que o [Geraint] Thomas é favorito, pois é mais forte do que eu na montanha", considera Tony Martin. 

Nelson Oliveira foi o melhor luso na etapa, que terminou na quinta posição, a 37 segundos de Cancellara. Na geral continua a ser Tiago Machado (Katuhsa) o português em evidência, embora tenha baixado ao sétimo lugar, a 59 segundos do líder. Nelson Oliveira é 11.º, a 1m09s, e Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) fecha o top 15, a 1m38s do primeiro. 

A luta pela camisola amarela Cyclin’Portugal promete ser acesa até domingo, com as bonificações das metas volantes e das chegadas e ainda com a subida ao alto do Malhão a prometerem espectáculo. 

Nas restantes classificações, nota para o excelente desempenho coletivo da Movistar, que hoje colocou quatro corredores nos sete primeiros, vencendo por equipas, um desempenho, todavia, insuficiente para impedir a liderança coletiva da Katusha. Marcel Kittel (Etixx-QuickStep) veste a camisola verde Turismo do Algarve, dos pontos, Geraint Thomas enverga a azul Liberty Seguros, da montanha, e o belga Tiesj Benoot (Lotto Soudal) é o dono da camisola branca Fundação do Desporto, que premeia o melhor jovem. 

A quarta etapa corre-se neste sábado, ao longo de 194 quilómetros, entre S. Brás de Alportel e Tavira. Prevê-se uma etapa com chegada ao sprint, onde se poderá assistir à reedição do duelo entre velocistas que marcou a etapa inaugural, em Albufeira. 

Classificação:

1.º Fabian Cancellara (Trek-Segafrado), 20m57s (Média: 51,551 km/h) 
2.º Tony Martin (Etixx-QuickStep), a 5s 
3.º Geraint Thomas (Sky), a 28s 
4.º Ion Izagirre (Movistar), a 37s 
5.º Nelson Oliveira (Movistar), mt 
6.º Jonathan Castroviejo (Movistar), mt 
7.º Alex Dowsett (Movistar), a 40s 
8.º Tony Gallopin (Lotto Soudal), a 51s 
9.º Victor Campanaerts (Lotto NL-JUmbo), mt 
10.º Ramunas Navardauskas (Cannondale), a 55s

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Volta ao Algarve - Etapa 2 - Lagoa - Alto da Fóia (em actualização)

Perto das 11 da manha, 189 ciclistas alinharam à partida para a 2ª etapa da volta ao Algarve. 198,6 km esperavam os atletas pela frente, numa etapa dura com muito sobe e desce e que levaria o pelotão ao ponto mais alto da Algarve - Alto da Fóia em Monchique.

3 metas volantes e 4 prémios de montanha, o último coincidente com a meta e de 1ª categoria, prometiam animar o dia. 



Ao contrário da etapa de ontem, o pelotão arrancou a toda a velocidade e muitas movimentações se verificaram logo desde o tiro de partira. Logo ao km 5, cinco ciclistas faltaram do pelotão e rapidamente tiveram a companhia de mais dois, formando assim a fuga do dia com 7 ciclistas: Oliver Naesen (IAM Cycling), Sean de Bie (Lotto Soudal), Gregory Rast (Trek-Segafredo), Jonatan Lastra (Caja Rural-Seguros RGA), Alberto Cecchin (Team Roth), Jonas Koch (Verva ActiveJet) e Ricardo Mestre (W52-FC Porto) . 

Numa posição intermédia seguia um homem Gazpron-Rusvelo, Artur Erchov, mas apesar do esforço nunca conseguiu juntar-se aos homens da dianteira.


A fuga nunca teve mais de 4 minutos e ao km 40 a Gazpron-Rusvelo, uma vez que não conseguiu colocar o homem na frente, acelera o pelotão e rapidamente a vantagem baixa para os 2 minutos.

Entretanto, fruto de uma queda colectiva no pelotão, Daniel Silva (Rádio Popular -Boavista) Pedro Paulinho (La - Antarte) e António Carvalho (W52 - FC Porto) abandonaram a corrida. Fruto dessa queda, o pelotão parte-se em dois e forma-se um "segundo" pelotão com 30 ciclistas, onde se destacava a SKY. 

Na frente a Gazpron.Rusvelo mantinha um ritmo forte e baixou a diferença para 1 minutos. 

A primeira meta volante do dia, ao km 59, no autódromo internacional do Algarve, o 1.º foi Jonatan Lastra (Caja Rural-Seguros RGA, 2.º Alberto Cecchin (Team Roth), 3.º Ricardo Mestre (W52-FCPorto). Ao bonificar um segundo, Ricardo Mestre era o virtual camisola amarela. 

Lá trás a Sky já estava no pelotão principal, no entanto muitos ciclistas ficaram para trás não conseguindo acompanhar o forte ritmo imposto. 

À entrada para a terceira hora de corrida, a Tinkoff assumea perseguição, natentativa de controlar a etapa para o seu líder Alberto Contador. A fuga manteve-se na ordem do 1.30 minutos de vantagem. 

Na segundo meta volante, em Vila do Bispo, Alberto Cecchim foi 1º, seguido-se por Gregory Rast e Ricardo Mestre. Já na terceira e última meta volante. Olivier Naesan foi o vencedor, seguido de Jonatan lastra e Ricardo Mestre. 

Com o passar dos km`s e a montanha a aparecer, apenas 3 homens ficaram na frente, e à passagem pelo 1º alto do dia, (3ª categoria), Olivier Naesan foi 1º, Sam de Bie 2º e Ricardo Mestre último a pontuar.

Com 50 km para a meta, 1,30 minutos era a vantagem da fuga para o pelotão comandado pela equipa de Contador.

No alto da Picoia, termina a aventura dos 3 homens que ainda se mantinham na frente. A armada da Tinkoff não dava hipóteses para haver surpresas. 

Com 4 horas de prova, a média de etapa situava-se nos 41 km/h. 

No Alto da Picota, 3,4 km a 8,1% de inclinação média, os sprinters já notavam grandes dificuldades em seguir o ritmo e Marcel Kittel rapidamente ficou para trás. O primeiro a atacar foi um homem IAM - Dries Devenyns. O ataque teve frutos e foi o primeiro a passar na contagem de montanha de 3ª categoria. David La Fuente foi o 2º e José Joaquim Rojas da Movistar foi o 3º a pontuar. 

A 15 km da meta, surge a penúltima dificuldade do dia,a subida para o alto da Pomba. O pelotão conseguiu alcançar o homem da IAM que seguia na frente e aborda a subida compacto. No entanto o forte vento que se fazia sentir, levava a que não ocorressem ataques. Alberto Contador foi o primeiro a passar no alto da contagem de 2ª categoria. O espanhol estava a correr para a etapa. Segundo foi Diego Rosa, seguido por Ilnur Kararim e por Ion Izagirre. O pelotão estava reduzido a 30 unidades. 

Entretanto sabe-se do abandono de Joaquim Rodriguez. 

A 11 km do final, nova queda envolvendo homens da Astana e Movistar. 

Na última ascensão do dia, a subida ao alto da Fóia, subida marcada pelo vento e frio, um quarteto se destacou: Zdenek Stybar (Etixx-QuickStep), Diego Rosa (Astana), Nelson Oliveira (Movistar) e Robert Gesink (Lotto NL-Jumbo), mas nunca com mais de 10 segundos. 

Os principais candidatos à vitória da etapa, marcavam-se entre si e ninguém queria tomar a iniciativa de atacar. A 500 metros do final o ritmo dispara onde se destaca o ataque dos portugueses Tiago Machado (Katusha) e Amaro Antunes (La-Antarte).

A vitória acabou por sorrir a Luis Leon Sanchez, seguindo-se Primoz Roglic e Ion Izagirre. Tiago Machado foi 5º a 5 segundos e Amaro Antunes o melhor das equipas lusas, no 7º lugar a 9 segundos.


A desilusão do dia acaba por ser Alberto Contador, que consegue apenas fechar na 21ª posição a 24 segundos.   

Classificação:

1. Luis León Sánchez (Astana), 5h08m25s
2. Geraint Thomas (Sky), a 1s
3. Primoz Roglic (Lotto NL-Jumbo), a 3s
4. Ion Izagirre (Movistar), mt
5. Tiago Machado (Katusha), a 5s

 Classificação completa

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Volta ao Algarva - 1ª Etapa - Lagos - Albufeira

Sob um céu nublado, mas com uma temperatura amena típica da região sul do pais por esta altura do ano, pelas 11 horas da manha, tem inicio a 42ª edição da Volta ao Algarve. 

O dia começou com a noticia de que Michael Kwiatkowsik não iria alinhar devida a estar doente. 

O pelotão arranca com um ritmo calmo e rapidamente surge o primeiro ataque do dia, com Kamil Gradek (Verva-Activejet) a dar o mote. Responderam ao ataque Domingos Gonçalves (Caja Rural) e Alexander Kolobnev (ciclista que esteve para abandonar a carreira esta época, mas que assinou pela Gazpron-Rusvelo) e foram assim precisos poucos quilómetros para se formar a fuga do dia. Com 20 km a fuga já  tinha uma vantagem de 4 minutos para o pelotão. 


Na primeira e única contagem de montanha do dia, o vencedor foi Kamil Gradek, assumindo assim a camisola azul para o dia de amanha. 


A vantagem da fuga foi sempre aumentando e na primeira hora de corrida já tinha 6.30 minutos. Quando os ciclistas da frente atingiram 8 minutos de vantagem, o pelotão começou a trabalhar nomeadamente com Lotto Saudal, Etixx-Quickstep e a portuguesa La Antarte tambémia passando pela frente. 

Em Silves, Kamil Gradek vence o sprint intermédio, seguido por Domingos Gonçalves. Nesta altura a fuga baixou para os 4.30 minutos. As equipas de André Greipel e Marcel kittel continuavam a trabalhar na frente.   

Já depois da zona de abastecimento, Kamil Gredek voltou a vencer o segundo sprint intermédio do dia. Com 50 km para a meta, a fuga tinha vantagem de 3.25 minutos. 

Na primeira passagem pela meta, coincidente com a 3ª meta volante do dia, Kamil Gredek fez o pleno e venceu novamente. A fuga levava 45 segundo de vantagem.  

Já dentro dos últimos 10 km e fruto da grande velocidade a que o pelotão corria, a fuga foi anulada. Também já dentro dos 10 km finais, ocorreram três quedas no pelotão, a última das quais já à entrada do último km. 

Mas a etapa discutiu-se mesmo ao sprint e o esforço da Etixx-Quickstep e da Lotto Saudal tiveram frutos.

Marcel kittel (Etixx - Quickstep) venceu à frente de André Greipel (Lotto Saudal) e de Jasper Stuyen  (Trek-Segrafedo), num sprint sem margens para dúvidas. O melhor português foi Tiago Machado ocupando o 7º lugar. David de La Fuente (Sporting - Tavira) foi o melhor ciclista das equipas lusas. 



Classificação:

1. Marcel Kittel (Etixx-QuickStep)
2. André Greipel (Lotto Soudal)
3. Jasper Stuyven (Trek-Segafredo)
4. Wouter Wippert (Cannondale)
5. Victor Campanaerts (Lotto NL-Jumbo)
6. Salvatore Puccio (Sky)
7. Tiago Machado (Katusha)
8. Alex Dowsett (Movistar)
9. Roman Maikin (Gazprom-RusVelo)
10. Pawel Cieslik (Verva Activejet)

Classificação Completa

Amanhã teremos a ligação entre Lagoa e o alto da Fóia. São quase 200 km, que terminam numa chegada ao alto e nada fácil. Diferenças irão acontecer certamente...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Sicasal/Constantinos/UDO 
vai ao Tour de Gironde

A equipa sub-23 da Academia Joaquim Agostinho vai estar presente na edição deste ano do Tour de Gironde, que se realiza entre os dias 27 e 29 de maio, na região de Villenauve D’Ornon.

Esta região francesa é geminada com Torres Vedras, há mais de 20 anos, e a organização do Tour de Gironde partilha também uma grande amizade com a organização do Grande Prémio Internacional de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho.

O diretor da equipa, David Lino, considera bastante importante esta primeira deslocação da equipa a nível internacional.

“Visto que temos alguns atletas sob alçada da Seleção Nacional, pretendemos participar na prova para lhes dar mais experiência a nível internacional”, afirmou.

Além de permitir aos onze atletas da equipa conhecer outra realidade, esta prova de três dias traz ainda outras vantagens à Sicasal/Constantinos/UDO.

“Não quero perder esta oportunidade de divulgar mais os nossos patrocinadores além fronteiras, ainda para mais numa zona onde existem muitos emigrantes portugueses. Este convite surgiu de forma inesperada, tanto que vamos fazer um esforço a nível orçamental para participar na prova”, concluiu o diretor da equipa sub-23 da Academia Joaquim Agostinho.

O Tour de Gironde conta com a participação de várias equipas do escalão continental e poderá ter ainda a presença de mais uma equipa portuguesa, a Rádio Popular Boavista. A preparação desta época da Sicasal/Constantinos/UDO vai exigir assim maior empenho e,por isso mesmo, a equipa volta a reunir-se para o quarto estágio de pré-época no próximo fim-de-semana.

A apresentação oficial da Sicasal/Constantinos/UDO vai acontecer no próximo dia 27 de fevereiro, no auditório do Centro Pastoral de Torres Vedras, a partir das 15 horas.

Opinião de quem sabe... e bem!

João Pedro Mendonça, que faz dupla com Marco Chagas nos comentários de ciclismo da nossa televisão pública, escreveu mais um (excelente) artigo que vale bem a pena ler e voltar a reler e a pensar...

Fica na integra: 

O futuro próximo explicará se o ciclismo lucra com o regresso de Porto e Sporting (e eventualmente o do Benfica) ao pelotão. Os entusiastas do SIM afirmam que a modalidade ganhará capacidade de captar patrocínio, muito maior retorno mediático e mais público.
Alimenta-lhes o sonho um presente sufocado pelo financiamento. Feito de ordenados mascarados de subsídios de sobrevivência, muitos deles apenas prometidos e mal cumpridos. Ou seja: otimismo movido a necessidade de sobreviver.
Todos sabem que há muita massa no ciclismo. Dividida em géneros: para os que pedalam é aquela que se vende nos supermercados. Consome-se logo. Os responsáveis das equipas e organizadores contam ao cêntimo os trocos para existir.

Para estes, existir é vencer. Durante anos até ouvi falar da engenharia financeira de um ano vivido em pensões amigas e, se preciso fosse, de carros em ponto morto nas descidas. Para esticar o investimento efetivo dos patrocinadores.

Vamos então à massa dos patrocinadores.
No ciclismo destes dias é comum que os que colam as suas marcas aos corredores façam um negócio que parece vantajoso. Dizem-me que não andarei longe da verdade se afirmar que um investimento total de 150 ou 200 mil euros/ano dos patrocinadores já paga um ano de vida de uma equipa inteira. Campeã. E que esses 150 ou 200 mil euros/ano garantem às marcas um retorno mediático, só na Volta a Portugal, de mais de… 3 milhões de euros. Se não forem 4.
A ser verdade, temos finalmente dados que aproximam tecnicamente uma Volta a Portugal de um negócio de futebol: a taxa de rentabilidade para quem investe fica parecida com aquela que os fundos de investimento retiram da venda de certos jogadores. Resta que me provem que os atletas – os tais corredores que geram a tão admirada capacidade de sofrer – recebem à proporção do que produzem. Não consegui encontrar um caso, provavelmente por incompetência minha.
Talvez Porto e Sporting tragam essa justiça… assim consigam hoje no ciclismo captar para as camisolas os tais novos patrocinadores “fornecedores de riqueza” que, no futebol, tão tarde asseguraram nesta temporada.

Talvez desta feita, eventualmente regressando, o Benfica consiga também fazê-lo, apesar de no último regresso – ainda no tempo das “vacas gordas” – a Lagos não ter conseguido captar um para a camisola daquele Benfica que venceu a Volta com Plaza.
Nas segredadas conversas que tive antes de escrever esta crónica percebi quanto “medo de não resultar” está por trás dos sorrisos otimistas que vamos ver já na Volta ao Algarve.
Quero imaginar que seja mentira que o último vencedor da Volta pelo Tavira, em 2011, tenha ganho por mês os 500 euros que me contaram ter auferido o último vencedor da Volta pelo Sporting. Em 1986. Um tal de Marco Chagas. Curiosamente, também ele o último vencedor da prova pelo Porto, em 83. Que já contou em direto como, desde essa altura, ainda tem a receber alguma “massa” que ganhou… Sim, desejo ardentemente que a chegada das camisolas dos clubes ao ciclismo lhes traga desta vez mais do que… amor à camisola.


Eles já tentaram ir comprar massa com amor à camisola, mas não havia troco. Que a suam, está garantido.

Fonte: Site RTP