sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Rúben Guerreiro sobe à 10.ª posição da geral

O português Rúben Guerreiro subiu hoje ao 10.º posto da geral da Volta a França do Futuro, graças ao 13.º lugar na sexta etapa, 126 quilómetros, entre Bourg-Saint-Maurice e Saint-Michel-de-Marienne, nos Alpes, palco de um triunfo em solitário do francês Elie Gesbert. A Seleção Nacional/Liberty Seguros ocupa a 7.ª posição na geral coletiva. 

Apesar do bom resultado desportivo, a jornada de Rúben Guerreiro ficou marcada por uma queda, no quilómetro final, sem grandes consequências físicas. Por esse motivo, o português foi o 13.º a cruzar a meta, embora lhe tenha sido atribuído o tempo do décimo na tirada. 

Elie Gesbert, que partiu com um atraso superior a 16 minutos para o camisola amarela, teve liberdade para atacar e fez grande parte da tirada em solitário, pois atacou na primeira das duas subidas, no col de la Madeleine. Teve um grande êxito individual, mas deixou o chefe de fila, Guillaume Martin, segundo da geral no início da jornada, desprotegido e à mercê dos ataques dos rivais. 

Com Gesbert já em fuga, a primeira seleção fez-se na subida de categoria especial do col de la Madeleine, onde o grupo de favoritos ficou muito restrito. Na descida e na fase plana até à escalada do col de Beau Plan, não houve entendimento e o grupo voltou a engordar, embora a última escalada, a 10 quilómetros da meta, tenha deixado a nu a força de uns e a fragilidade de outros. 

O mais consistente foi o espanhol Marc Soler, que deixou para trás toda a concorrência, chegou perto de Gesbert, sendo o segundo na etapa, a 40s, e vestindo a camisola amarela. Apesar de pertencer aos quadros da poderosa Movistar, Marc Soler está a surpreender todo o pelotão, uma vez que, nas duas últimas épocas, nunca esteve perto dos melhores nas etapas de alta montanha de todas as corridas em que participou. O terceiro na etapa foi o belga Laurens de Plus, a 42s. Rúben Guerreiro foi o 13.º a cortar o risco, a 2m26s. 

Apesar das dificuldades da corrida, todos os portugueses continuam em prova, após mais uma jornada com muitas desistências. Rui Carvalho foi 24.º, a 6m17s, João Rodrigues foi 39.º, a 15m42, Nuno Bico foi 45.º, a 18m37s, Luís Gomes foi 54.º, a 21m13s, e César Martingil foi 64.º, a 25m36s. 

Na geral, Marc Soler arrebatou a camisola amarela ao austríaco Gregor Mühlberger, que hoje saiu do top 10, dispondo de 1m01s sobre o belga Laurens de Plus e de 1m21s relativamente ao australiano Jack Haig, segundo e terceiro, respetivamente. Rúben Guerreiro é décimo, a 2m45s do espanhol e apenas a 1m24s do pódio. Rui Carvalho, que ainda é sub-23 de segundo ano, tem subido na geral de dia para dia e é já 25.º, a 14m58s. Seguem-se João Rodrigues, 37.º, a 25m20s, Nuno Bico, 41.º, a 28m13s, Luís Gomes, 68.º, a 54m51s, e César Martingil, 84.º, a 1h05m15s. 

A Seleção Nacional/Liberty Seguros está a ter um desempenho coletivo muito consistente. Hoje foi a quinta equipa, ocupando a sétima posição na geral coletiva, entre as 21 equipas presentes. 

“A queda do Rúben, já depois de passadas as maiores dificuldades da etapa, mostra que, até ao último metro tudo pode acontecer. Amanhã vamos trabalhar para continuar a subir na classificação geral”, afirma José Poeira. 

A Volta a França do Futuro termina neste sábado com mais uma demolidora jornada nos Alpes. Os corredores vão partir de Saint-Michel-de-Maurienne e vão chegar, depois de percorridos 93,5 quilómetros, a Les Sybelles, topo de uma subida de primeira categoria com 9,5 quilómetros de extensão e 7 por cento de inclinação média. Antes desta escalada, o pelotão vai ainda trepar o col du Molard (17,9 quilómetros a 5,7 por cento), o col de la Croix de Fer (7 quilómetros a 8 por cento) e Lacets de Montvemier (3,1 quilómetros a 9 por cento).

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