sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Rúben Guerreiro nono no alto de La Rosière

Rúben Guerreiro foi hoje o nono classificado na quinta etapa da Volta a França do Futuro, uma duríssima jornada alpina, que o gaulês Guillaume Martin venceu, beneficiando de um erro no percurso do austríaco Gregor Muhlberger, que, apesar disso, é o novo líder. O português subiu mais 16 lugares, sendo agora o 14.º da geral. Seleção Nacional/Liberty Seguros ascendeu ao 6.º lugar por equipas. 

Os 103,1 quilómetros que ligaram Megève a La Rosière foram palco de uma jornada eletrizante, com ataques desde o início, o que ainda endureceu mais uma viagem já de si dificílima, com uma contagem de montanha de segunda categoria e três de primeira, a última destas coincidente com a meta. 

As seleções de França e da Colômbia foram as mais ativas no lançamento de homens para a frente da corrida, mas os gauleses foram os mais eficazes. Depois de perderem um dos escapados, Jérémy Maison, que teve de desistir no decurso da etapa, devido uma queda, os franceses viram Guillaume Martin assumir, a solo, a frente de corrida a cerca de 35 quilómetros do final. 

Guillaume Martin entrou na derradeira subida, de 16 quilómetros, com 2m30s de vantagem sobre o grupo dos fugitivos, de onde saltaram Gregor Muhlberger e o italiano Simone Petilli. O austríaco, estagiário e colega de equipa de José Mendes na Bora-Argon 18, revelou-se mais forte e aproximou-se decisivamente do Martin, só que um engano no percurso, nas últimas centenas de metros, afastou-o da vitória. Muhlberger seria segundo, a 6s do francês. Vindo de trás, o espanhol Marc Soler, corredor da Movistar, foi o terceiro, a 39s. 

Os principais favoritos preferiram não ir ao choque na primeira jornada de alta montanha, reservando-se no que restou do pelotão. Foi lá que permaneceu o chefe de fila da Seleção Nacional/Liberty Seguros, Rúben Guerreiro. O português cortou a meta na nona posição, a 1m25s do vencedor. 

Rui Carvalho foi o segundo melhor português, na 33.ª posição, a 9m05s, seguindo-se Nuno Bico, 36.º, a 10m36s, João Rodrigues, 38.º, com o mesmo tempo, Luís Gomes, 78.º, a 27m00s, e César Martingil, 95.º, a 29m20s. O desempenho global valeu à Seleção Nacional/Liberty Seguros o sexto lugar coletivo na etapa, ocupando o mesmo posto na geral por equipas, entre 21 seleções participantes. 

A luta pelos primeiros lugares permanece em aberto. O novo comandante, o austríaco Gregor Muhlberger dispõe de 3 segundos de vantagem sobre Guillaume Martin e de 36 relativamente a Marc Soler, que são os mais directos perseguidores. Rúben Guerreiro mantém a progressão na tabela, sendo 14.º, a 1m35s do camisola amarela e a 4 segundos da entrada no top 10, primeiro objetivo para esta corrida. 

“O Rúben Guerreiro esteve bem e correu com cabeça, manteve-se junto dos principais candidatos, sem ir ao choque. Houve seleções que atacaram muito, mas também deixaram energia na estrada. A Volta a França do Futuro é uma prova por etapas, há que recuperar dia a dia para na última jornada fazermos as contas”, afirma o selecionador nacional, José Poeira. 

Rui Carvalho melhorou 17 posições, passando para o 32.º lugar, a 9m57s, Nuno Bico é 33.º, a 10m52, João Rodrigues é 34.º, a 10m54s, Luís Gomes é 78.º, a 34m54s, e César Martingil é 94.º, a 40m55s. 

As duas etapas que faltam para o fim da Volta a França do Futuro continuam a trilhar as estradas dos Alpes. A sexta tirada, a disputar nesta sexta-feira, terá 126 quilómetros, ligando Bourg-Saint-Maurice a Saint-Michel-de-Maurienne. A viagem contempla a subida de categoria especial do col de la Madeleine (24,8 quilómetros de extensão com inclinação média de 6,1 por cento) e a escalada de primeira categoria do col de Beau Plan (10,4 quilómetros a 6,7 por cento). Esta montanha estará separada da meta por uma descida de 10,2 quilómetros.

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