sábado, 20 de junho de 2015

Alberto Gallego e Frderico Figueiredo brilham na Route du Sud

A equipa da RP-Boavista foi a sensação da etapa rainha da Route du Sud. Por um lado, quando Alberto Gallego respondeu a vários ataques de outro Alberto, este de outra “ galáxia”, em pleno col de Balés, e por outro, quando, no final da etapa, passava a liderar por equipas a prova francesa.

Três montanhas do Tour, Haut-Balestas ( Peyresourd), Val Louren-Azet e Balès, um ritmo constante e forte imprimido pela equipa da Tinkoff desde a partida, semeou logo metade do pelotão na primeira montanha. Na frente ficavam cerca de 40 ciclistas, com os homens de Tinkoff a mostrarem que não iriam permitir fugas, apesar de uma fuga de dez elementos, onde esteve incluído Ricardo Ferreira, sempre controlada e que nunca chegou a atingir mais de quatro minutos, ainda ter durado cerca de 90 kms, e cujo fim estava destinada à muito, quando e onde os “russos” quisessem.
As subidas francesas são diferentes de Portugal. Balés, por exemplo, foram 19 kms sempre a empinar, isto é, são longas, e os ciclistas vão perdendo o “ combóio”, perante o ritmo forte de quem o comanda. Os ataques são pouco frequentes, e só na parte final do col de Balés, Contador atacava e Gallego respondia, num duelo esperado, entre Contador e Quintana, com o triunfo de Contador a ser conseguido, onde é melhor que o colombiano: a descer. A corrida até poderá não ser importante para o ciclista espanhol, mas o chefe de fila da Tinkoff quis mostrar que está em forma e, de forma indireta avisar os seus adversários ao que vai, não aqui, mas no Tour. 

Na frente da corrida e quando um pequeno grupo de 17 ciclistas, rolava junto a cerca de dez kms para o alto de Balés, a equipa portuguesa tinha três ciclistas no grupo: Gallego, Frederico Figueiredo e David Rodrigues, três jovens da nova geração do ciclismo que corre em Portugal.

O grupo foi perdendo elementos até que se quedaram sete ciclistas na dianteira. Alberto Gallego quis ser ousado, mas competir “ taco a taco” com Contador não está ao alcance de qualquer um. Tivesse o boavisteiro sido mais comedido e reservado e, talvez tivesse chegado mais alguns lugares à frente. Mas a ambição às vezes é superior à razão, e o espetáculo que proporcionou, aos que assistiam pela televisão, na Eurosport, talvez tenha valido a pena. Afinal, o seu desempenho foi bem mais positivo do que permanecer na roda e aguardar pelo final da subida.

No final, o resultado foi extremamente positivo para os ciclistas, a equipa e sobretudo para o ciclismo nacional.


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